O Programa de Pós-Graduação em Integrado em Zootecnia nos Trópicos (PPGIZT) entrou em funcionamento em 2021, criado a partir da fusão dos Programas de Pós-graduação em Ciência Animal Tropical (PPGCat) da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), Araguaína – TO, e Programa de Pós-graduação em Produção Animal na Amazônia (PPGPAA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Parauapebas – PA. O programa tem seu curso hospedado nas duas sedes em Araguaína e Parauapebas, e ofertando cursos de mestrado e doutorado em ambas. Embora o PPGIZT tenha iniciado suas atividades em 2021, ele congrega o histórico de seus dois programas formadores, o PPGCat e o PPGPAA.

O PPGCat (Programa de Pós-graduação em Ciência Animal Topical) iniciou suas atividades em 2006 com a criação do Curso de Mestrado (primeiro da UFT) e, em 2009, o Curso de Doutorado (o primeiro da região Norte na Subárea Capes – Zootecnia e Recursos Pesqueiros). O programa foi aprovado com três linhas de pesquisa: 1. Relação solo x planta animal; 2. Tecnologias para a produção animal na Amazônia Legal; 3. Patologia Animal. Este programa formou mais de 130 mestres e 50 doutores, se consolidando como ferramenta fundamental no desenvolvimento regional, e como referência regional na formação em nível de pós-graduação de qualidade para graduados em área afins do PPGCat.

Na criação da Universidade Federal do Tocantins (UFT), foi adotada uma política de fortalecimento dos cursos de graduação existentes e, principalmente, aglutinar as competências para consolidar os grupos emergentes, propiciando condições para a criação dos primeiros programas de mestrado e doutorado acadêmicos. Dentro desta política, a Pró- Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação apoiou o grupo de docentes da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia (EMVZ) e aprovou junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a criação do primeiro programa de mestrado criado pela UFT, o mestrado em Ciência Animal Tropical, no ano de 2006. Com o mesmo empenho, a instituição apoiou a criação do seu primeiro curso de doutorado, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical, o qual foi provado pela Capes em 2008 e teve sua primeira turma, composta de oito alunos, iniciando as atividades acadêmicas no primeiro semestre de 2009. No triênio de 2010-2012 foi atribuído ao Programa conceito 04 pelo Comitê de Zootecnia e Recursos Pesqueiros na Avaliação Trienal da Capes, nota repetida no quadriênio 2017-2020.

Em 2019 foi criada os Campus de Araguaína e Tocantinópolis da UFT geraram a UFNT. A criação da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) foi sancionada pela Lei nº 13.856, de 8 de julho de 2019. A lei foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 9 de julho de 2019, e o processo de transição de UFT para UFNT durou até o primeiro semestre de 2024, quando todas as atividades administrativas e acadêmicas passam a ser geridas pela UFNT.

O Programa de Pós-Graduação Produção Animal na Amazônia (PPGPAA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) foi recomendado na 170ª Reunião do CTC-ES, com liberação para funcionamento das atividades em 1 de junho de 2017, com o curso de mestrado, hospedado na Área de avaliação da CAPES de Zootecnia e Recursos Pesqueiros. O PPGPAA foi idealizado e criado pelos anseios do grupo de professores dos Cursos de Zootecnia e Agronomia da UFRA Campus de Parauapebas em qualificar profissionais em nível de pós-graduação e desenvolver pesquisas relevantes para o desenvolvimento regional. O programa possui iniciou suas atividades na Área de Concentração Tecnologia na Produção Animal e com duas Linhas de Pesquisa (Tecnologia de produção e nutrição de animais ruminantes e Interface solo-planta-animal) dinâmicas, atuais, includentes e estratégicas, que abrigavam disciplinas e projetos para estudos e ações relacionados às interações complexas entre o homem e os sistemas de produção animal praticados na Amazônia e os distintos e frágeis ecossistemas regionais.

Em julho de 2019 se iniciaram as defesas da primeira turma de mestrado do PPGPAA, em que foram formados 10 Mestres em Produção Animal na Amazônia, um feito histórico para a UFRA (visto que o PPGPAA é o primeiro PPG de um Campus fora da Sede da UFRA em Belém). O programa ainda não possui publicações vinculadas discente/docente provenientes das linhas e projetos de pesquisas. Um ponto a destacar sobre o programa com as primeiras defesas, é o indicador de solidariedade e nucleação do programa. O programa qualificou profissionais (egressos 2019) de diversos órgãos da região como INCRA, Senai, Secretaria Municipal de Produção Rural (SEMPROR) e Unifesspa. Tal fato deixa clara a importância regional das atividades do programa.

Com a fusão dos programas foi possível unir esforços, infraestrutura e corpo docente e técnico para congregar e potencializar os recursos a caminho da excelência na produção científica e formação de pessoal qualificado. O compartilhamento e ampliação do corpo docente permanente permite a troca de experiências entre pesquisadores consolidados e pesquisadores em consolidação. Um corpo docente consolidado tem maior capacidade de produção de pesquisas e produções técnico-científicas mais qualificada, além do compartilhamento de laboratórios e infraestruturas de pesquisa já conquistadas em ambas as instituições.

Diante dos desafios regionais e propósitos semelhantes, os programas buscaram maximizar os esforços na busca da excelência para pesquisa e formação em nível de pós-graduação congregando o corpo docente e infraestrutura na formação de um programa integrado, o PPGIZT, mantido na área de Zootecnia e Recursos Pesqueiros, com níveis de formação em mestrado e doutorado.

O programa recebeu o comunicado de aprovação da fusão em novembro de 2021 e a partir de então tem trabalhado na consolidação da fusão. O programa fundido, PPGIZT, manteve a nota 4 atribuída pelo comitê de área de Zootecnia e Recursos pesqueiros, desenvolvendo suas atividades na área de Produção Animal, com estudos distribuídos em duas linhas de pesquisa: Interface solo x planta x animal e Tecnologias para a produção animal no Bioma Amazônia. No primeiro quadriênio 2021-2024 a UFNT ficou como instituição coordenara, havendo previsão de mudança da coordenação a cada quadriênio.