O que é o Braille?
O Braille se trata de um sistema de leitura e de escrita tátil, em alto-relevo, utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão.
O sistema Braille foi criado há cerca de 200 anos na França; no Brasil, chegou por meio de José Álvares de Azevedo, que aprendeu a técnica ainda criança e se dedicou a disseminá-la, com o apoio do Imperial Instituto de Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant (IBC), do Rio de Janeiro.
O Ministério da Educação (MEC) tem se esforçado para que a inclusão da população com deficiência visual seja prioritária. Por meio da Diretoria de Políticas de Educação Especial, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), vem desenvolvendo uma série de programas para atender essa parcela da cidadania.
Uma amostra disso é o programa ‘Livro Acessível’, que, em colaboração com o Instituto Benjamin Constant, oferece livros didáticos e paradidáticos em Braille para alunos cegos e com deficiência visual matriculados na educação básica. Esse programa faz parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), e tem, como objetivo, fornecer em Braille os mesmos livros utilizados pelos demais alunos. Em 2016 e 2017 foram distribuídas cerca de 3.000 obras.
Além disso, a Comissão Brasileira do Braille (CBB), do MEC, acompanha e atualiza o uso e a aplicação do Sistema Braille no Brasil, em todas as áreas do conhecimento. Recentemente, o MEC e a CBB publicaram a ‘Grafia Química Braille para Uso no Brasil’, que acolherá os alunos e os profissionais da educação básica e superior. Atualmente, a comissão trabalha na revisão da ‘Grafia Braille para Língua Portuguesa’ e das ‘Normas técnicas para produção de textos em Braille’.
A União Mundial dos Cegos (UMC) é uma organização global que representa um total estimado de 253 milhões de pessoas cegas ou com deficiência visual, em todo o mundo. Os seus membros reivindicam os direitos das pessoas com deficiência visual em mais de 190 países.
A Universidade Federal do Norte do Tocantins tem uma enorme preocupação com a inclusão de seus atuais alunos e de futuros ingressantes; e, por intermédio da Diretoria de Acessibilidade, Equidade e Permanência – DAEP, realiza programas de monitorias inclusivas que fornecem suporte direto aos estudantes que dispõem de algum tipo de deficiência e que necessitam de um suporte em sala de aula. Além disso, a nossa universidade tem um acervo de livros e aparelhos para escrita em Braille disponível para a comunidade acadêmica.
Conheça a coleção especial do Setor de Acessibilidade, da Biblioteca Severino Francisco, na UFNT – Cimba: uma coleção de livros publicados em Braille, áudio books e materiais impressos com fonte aumentada para quem tem baixa visão. O objetivo dessa coleção é proporcionar o acesso a conteúdos literários e técnicos científicos a toda a comunidade que tem deficiência visual (temporariamente, seu acesso é somente para consulta local, não havendo empréstimo).
Essa coleção é composta por 158 livros em Braile e por 341 audiobooks.
Veja alguns títulos:
‘O Caçador de Pipas’ | Khaled Husseine |
‘Olhos D’água’ | Conceição Evaristo |
‘O macaco que se fez de homem’ | Monteiro Lobato |
‘O mágico de Oz’ | L. Frank Baum |
‘O meio ambiente em debate’ | Samuel Murgel Branco |
‘O menino no espelho’ | Fernando Sabino |
‘O monge e o executivo’ | James C. Hunter |
‘O pequeno planeta perdido’ | Ziraldo |
‘Operação Valquíria’ | Philipp F. Von Boeselager |
‘O pêndulo da noite’ | Marcos Rey |
‘O primo Basílio’ | Eça de queirós |
‘O quinze’ | Rachel de Queiroz |
‘O retrato’ | Erico Verissimo |
‘Oriente Médio e a questão palestina’ | Nelson Bacic Olic Beatriz Canepa |
‘O Saci’ | Monteiro Lobato |
Matéria escrita por: Adriele Pereira
Revisão de: Alinne Dantas

