laboratório de linguas indigenas
Projeto de extensão
NEPPI
grUPO DE PESQUISA
OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO INDÍGENA – PROJETO 014 – EDITAL 001/2009
OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO – PROJETO 11395 – EDITAL 049/2012
PROJETOS PIBIC
PROJETOS DE PESQUISA
DISSERTAÇÕES E TESES
TCC
PUBLICAÇÕES
visITAS TÉCNICAS
rELATÓRIOS PARCIAIS
MEMORIAL
PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS
PROGRAMA DE BOLSA INSTITUCIONAL
Histórico
HISTÓRICO NEPPI
O Núcleo de Estudo e Pesquisa com Povos Indígenas (NEPPI) do Campus de
Araguaína, da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), é coordenado pelo
Prof. Dr. Francisco Edviges Albuquerque. Foi criado e aprovado pelo Egrégio
Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CONSEPE), da Universidade Federal do
Tocantins (UFT) em sessão ordinária, no dia 16 de março de 2011, por meio da
Resolução No 04/2011 do CONSEPE.
O NEPPI tem como objetivo contribuir para com o conteúdo programático dos
aspectos históricos, linguísticos e culturais dos povos minorizados, tanto nas escolas
das redes pública e privada do estado do Tocantins, bem como nas escolas estaduais
indígenas do estado do Tocantins, além das escolas indígenas de nosso País. Isso
porque a Lei 11.645 de 10 de Março de 2008 que alterou a LDB 9394/96 – que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, modificada pela Lei No10.639 de
9 de janeiro de 2003 –, para incluir no currículo oficial da rede de ensino, a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos
estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e privados. O Art. 26 § 2o da
referida Lei afirma que “os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos
povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de educação artística, de literatura e história brasileiras”.
Portanto, a criação e implantação do NEPPI se justifica pela significativa
contribuição que ele trará para as pesquisas com os povos os indígenas brasileiros,
especialmente do Tocantins, visto que esses povos, ao longo dos anos de contato com a
sociedade não indígenas, vêm tentando manter vivas suas línguas, cultura e identidade
étnica, estando em permanente conflito com a situação sociohistórica, cultural,
econômica, linguística, geográfica e política da sociedade envolvente.
Outro fator preponderante para a criação do NEPPI, foi o ingresso de alunos
indígenas nos diversos cursos da UFNT, por meio do sistema de cotas, tanto nos cursos
de graduação, quanto nos cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado), fato esse
que é comprovado pela enorme presença de vários povos indígenas vindos de outras
regiões do País para estudar na UFT e na UFNT.
O Tocantins totaliza atualmente 13.502 indígenas aldeados, conforme dados do
DSEI/TO (2024), convivendo tanto nas cidades como nas aldeias. Conforme
descreveremos a seguir, vários indígenas são de outras regiões do país: 01 Tapuia na
Barra do Rio Verde, no município de Sandolândia, 10 Ava-Canoeiro, sendo 01(um) em
Boto Velho na Lagoa da Confusão e 09(nove) em Canuanã, em Formoso do
Araguaia; 29 Fulniô no município de Tocantinópolis; 41 Tuxa, sendo 10 em Canuanã,
em Formoso do Araguaia, 08 desaldeados em Formoso do Araguaia, 12 em Gurupi e 01
em São João, no Formoso do Araguaia; 08 Apurinã desaldeados em Gurupi; 132
Atikum desaldeados em Gurupi; 03 Makuxi desaldeados em Gurupi; 19
Pankarau desaldeados em Gurupi; 29 Guarani, sendo 01 desaldeado em Araguaína, 01
urbano em Santa Fé do Araguaia; 13 na aldeia Kurehe, 06 na aldeia Warilyty, e 08 na
aldeia Xambioá, todos na reserva Karajá- Xambioá no município de Santa Fé do
Araguaia; 11 Guajajara, sendo um na aldeia Karajá-Xambioá, em Santa Fé do
Araguaia, 07 na aldeia Botica, 03 na aldeia Mariazinha, ambas na reserva Apinayé, no
município de Tocantinópolis e 03 Krikati na aldeia Mariazinha, reserva Apinayé, no
município de Tocantinópolis, além dos Guarani, Kraho Kanela, Tuxa, Guajajara e
Takaiura.
Aliado a todas as questões referentes aos povos indígenas do Tocantins e dos
demais estados brasileiros, o NEPPI desenvolve três grandes projetos em parceria com a
FUNAI-Palmas e Brasília, que são: a) Projetos de Revitalização da Língua e da Cultura
do Povo Krahô-Kanela da Aldeia Lankrare; b) Projeto de Intercâmbio Cultural e
linguístico entre o povo Krahô-Kanela da Aldeia Catàmjê e Krahô da Aldeia Manoel
Alves Pequeno, bem como: c) Projeto de Intercâmbio Cultural e linguístico entre o
Povo Kanela do Araguaia, no Mato Grosso da Aldeia Pukanu e Canela da Aldeia
Porquinhos no município de Fernando Falcão no Maranhão. Além de auxiliar nas
atividades do Projeto do CIMI-São Luís, cujo título é projeto de Intercâmbio Cultural e
linguístico do Povo Acroá-Gamella, Krenyê e Krikati. O NEPPI também auxilia nas
atividades do Projeto de inclusão sociopolítica do TRE-TO, nas aldeias dos povos
indígenas do Estado do Tocantins.
Para isso estão envolvidos nas atividades de ensino pesquisa e extensão, por
meio do NEPPI, os seguintes pesquisadores: Danielle Mastelari Levorato, Eliane
Cristina Testa e Raimundo Nonato de Pádua Câncio.
Em resumo, queremos ressaltar que levamos em consideração os aspectos
históricos, linguísticos, políticos, culturais, geográficos e econômicos de cada povo
indígena que vive no Tocantins, além das questões territoriais que envolveram os
indígenas nas lutas pela demarcação de suas terras, manutenção da língua e da cultura
desses povos ao longo do contato com a sociedade não-indígena.
Em síntese, temos a certeza de que o NEPPI pode auxiliar na compreensão dos
processos socioculturais, históricos e, sobretudo, contribuir para os estudos e pesquisas
linguísticos, históricos e culturais dos povos indígenas do Estado do Tocantins.
Partindo dessa premissa, os principais objetivos do NEPPI – Núcleo de Estudo e
Pesquisa com Povos Indígenas são proporcionar uma reflexão sobre a situação atual dos
povos indígenas e desenvolver estudos e pesquisas, por meio de projetos de pesquisa e
extensão voltados pra os questões que envolvem diretamente os povos indígenas do
Tocantins e do Brasil, bem como voltado para as pesquisas dos alunos do Programa de
Pós-Graduação em Linguística e Literatura (PPGLLIT) da UFNT do Campus
Universitário de Araguaína.