
A Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) e a Superintendência do Patrimônio da União no Tocantins (SPU-TO) assinaram, no dia 23 de dezembro de 2025, um Protocolo de Intenções e Cooperação voltado ao fortalecimento da ciência climática e ao desenvolvimento regional. O acordo prevê a instalação de uma Torre de Monitoramento Climático na região do Bico do Papagaio, com abrangência para os estados do Tocantins, Pará e Maranhão.
A assinatura foi realizada pelo superintendente da SPU-TO, Edy César, e pelo reitor em exercício da UFNT, Nataniel Gonçalves. O protocolo estabelece a identificação e a destinação de uma área da União para a implantação da estrutura, considerada estratégica para a produção de dados ambientais e climáticos na Amazônia Legal.

Segundo Edy César, a iniciativa reafirma o papel social do patrimônio público federal. “Estamos colocando as áreas da União a serviço da ciência, da soberania nacional e do desenvolvimento regional. Esse projeto posiciona o Tocantins no centro do debate climático internacional e fortalece o Bico do Papagaio como território estratégico para a produção de conhecimento”, destacou.
O projeto contará com investimento de R$ 15 milhões, oriundos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do Governo Federal, e será desenvolvido em cooperação com o Governo da Rússia, responsável pela contribuição tecnológica e pelo acompanhamento técnico-científico da iniciativa.
Para o reitor em exercício da UFNT, Nataniel Gonçalves, a parceria representa um marco para a universidade e para a região norte do Tocantins. “A UFNT nasce com a missão de produzir conhecimento a partir do território. Essa torre será um laboratório a céu aberto, envolvendo nossos estudantes, pesquisadores e técnicos em uma agenda científica de alcance internacional”, afirmou.
O acordo prevê ainda o acompanhamento contínuo de técnicos e professores da Sibéria e de Moscou, fortalecendo o intercâmbio acadêmico e científico entre os países. De acordo com Nataniel, a cooperação amplia as possibilidades de formação e pesquisa. “Estamos falando de troca de tecnologia, qualificação de recursos humanos e produção de dados essenciais para a formulação de políticas públicas ambientais”, completou.
A assinatura do protocolo representa um passo decisivo para consolidar o Bico do Papagaio como referência em monitoramento climático, integrando esforços do Governo Federal, da universidade pública e da cooperação internacional no enfrentamento dos desafios impostos pelas mudanças climáticas
