
Estudantes dos Programas de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) e em Cultura e Territorialidades (PPGCult) da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) participaram de uma aula de campo em São João do Araguaia (PA), na região do Bico do Papagaio. A atividade, vinculada às disciplinas Território e modos de vida: grandes projetos políticos/econômicos e territorialidades amazônicas (PPGEO) e Estado, Sociedade e Natureza (PPGCult), foi conduzida pelos professores Airton Sieben, Martha Vieira e Maurício Mendes. A ação ocorreu na última sexta-feira do mês de novembro (28),
Durante o percurso, os pós-graduandos visitaram diferentes áreas de interesse socioambiental e puderam observar elementos que caracterizam a dinâmica territorial do ecótono Amazônia–Cerrado. Entre os pontos centrais da programação, destacou-se a visita ao local escolhido para a instalação da Estação de Pesquisa e Monitoramento de Mudanças Climáticas do Bico do Papagaio — iniciativa fruto da parceria internacional entre a UFNT, por meio do Instituto de Inovação e da Internacionalização (InovaIn), e a Universidade Estadual de Tyumen (UTMN), da Rússia.
A estação será implantada no município de Esperantina (TO), na confluência dos rios Tocantins e Araguaia, área reconhecida como uma das mais ricas e sensíveis do ecótono Amazônia–Cerrado. A futura estrutura permitirá o monitoramento contínuo de variáveis atmosféricas, hidrológicas e ambientais, contribuindo para estudos sobre mudanças climáticas, biodiversidade, eventos extremos e impactos socioambientais na região.
A visita técnica possibilitou aos estudantes compreenderem as condições do terreno, o contexto das comunidades próximas e a relevância científica da estação para o avanço das pesquisas desenvolvidas na UFNT. De acordo com os docentes, a iniciativa ampliará as oportunidades de investigação interdisciplinar, fortalecerá cooperações internacionais e oferecerá subsídios para políticas públicas voltadas à mitigação de riscos ambientais e ao desenvolvimento sustentável do território.
Para o professor Airton, que também é o reitor da UFNT, a aula de campo reforçou a importância de atividades práticas para a formação científica, aproximando os estudantes de cenários reais de pesquisa e ampliando o entendimento sobre a infraestrutura necessária para o estudo das transformações ambientais em uma região estratégica do país.
