
Araguaína (TO) – A noite de 12 de novembro ganhou cores, sons e emoções na Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) com a realização do Sarau Black, atividade integrada à II Edição do Novembro Negro, organizado pela Diretoria de Acessibilidade, Equidade e Políticas Afirmativas (DAEP), por meio da Coordenação de Políticas Afirmativas (COORDPAF), com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (Proex). O encontro aconteceu no Centro de Ciências Integradas (CCI), reunindo estudantes, artistas e a comunidade acadêmica em uma celebração marcada por afeto, resistência e valorização da arte negra.
Para a coordenadora da COORDPAF, Marina Grigorio, o Sarau Black reafirmou a proposta de construir um espaço de expressão, acolhimento e liberdade criativa, destacando a potência das linguagens artísticas produzidas por pessoas negras no território. “Entre performances espontâneas, poesia falada e intervenções musicais, o público vivenciou uma noite de trocas profundas e compartilhamento de experiências”, conta.
A programação contou com a apresentação do grupo Tucana’s (@tucanasoficial_), que levou ao palco o projeto Acordes Terapêuticos. Conduzida pelas integrantes do grupo, a iniciativa utiliza a música como ferramenta de cuidado, equilíbrio emocional e reconexão com saberes ancestrais, proporcionando ao público um momento de escuta sensível, vibração coletiva e diálogos sonoros sobre identidade, território e espiritualidade afro-brasileira.

O evento também marcou o lançamento do podcast-documentário “SOS UNITINS: Vozes de uma Luta”, dirigido e roteirizado por Kallyel Henrik, em realização com o Movimento Kizomba Tocantins. A obra apresenta trajetórias de memória e resistência na luta pela democratização do ensino superior no Tocantins, reunindo depoimentos, arquivos e reflexões sobre o processo histórico de construção do acesso educacional no estado. O projeto conta com apoio da Política Nacional Aldir Blanc – Ministério da Cultura e da Secretaria de Esportes, Cultura e Lazer de Araguaína, reforçando o compromisso com políticas culturais e preservação das narrativas populares.

Encerrando a noite, o microfone aberto convidou estudantes e participantes a ocuparem o espaço com poesia, música, performances autorais e releituras afetivas. O momento reforçou a importância do Novembro Negro enquanto movimento contínuo de consciência, valorização e diálogo sobre identidade e ancestralidade.
“Mais uma vez, o Sarau Black se consolidou como um dos destaques da programação do Novembro Negro na UFNT, reafirmando o protagonismo estudantil e a arte negra como pilares de transformação social dentro da universidade”, finaliza Marina.
