Com o objetivo de ampliar a conscientização sobre os riscos da desinformação em saúde, pesquisadores e acadêmicos do projeto Observatório Norte de Combate a Desinformação e Fake News em Saúde da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) desenvolveram, em setembro, duas ações educativas no Tocantins. As iniciativas uniram ciência e cidadania, alcançando motoristas em Araguaína e estudantes indígenas da etnia Apinajé, em Tocantinópolis.
Blitz Educativa em Araguaína
No dia 10 de setembro, em Araguaína (TO), integrantes do Observatório e acadêmicos do PET Ciências Naturais da UFNT realizaram a Blitz Educativa: Saúde sem Fake News.

A ação ocorreu em horários de grande fluxo de veículos, em diferentes semáforos da cidade, alcançando motoristas e motociclistas. Foram distribuídos marcadores de livros com mensagens de sensibilização e QR codes que direcionam para as redes sociais do Observatório, atualizadas semanalmente com conteúdos sobre saúde e desinformação.
Cerca de 235 veículos receberam o material informativo. Para o coordenador do projeto, professor Wagner Mariano, o trânsito mostrou-se um espaço estratégico para o diálogo: “Foi uma ação piloto, mas já percebemos que mesmo breves momentos de pausa no trânsito podem ser oportunidades valiosas para levar informação de qualidade. Pretendemos replicar essa iniciativa em breve”, ressaltou.
Troca de saberes com a comunidade Apinajé
No dia 13 de setembro, a equipe do Observatório visitou a Aldeia Mariazinha, próxima a Tocantinópolis (TO), promovendo uma experiência de troca de saberes com os povos da etnia Apinajé.

A atividade reuniu alunos do Ensino Fundamental II e Médio da Escola Indígena Tekator, além de líderes e membros da comunidade. O diálogo abordou temas como comunicação, desinformação e fake news, sempre com foco na saúde e no bem-estar coletivo.
A participação de autoridades locais, como o cacique Euclides, reforçou a relevância da iniciativa. O líder também autorizou que imagens e vídeos da visita integrem o documentário audiovisual em produção pelo Observatório, intitulado “Verdades Invisíveis: sobre a pele de quem luta”, previsto para lançamento em 2026.
As ações realizadas pelo Observatório Norte são financiadas pelo Ministério da Saúde, Governo Federal do Brasil e CNPq (Chamada 30/2024). Ao aproximar o conhecimento científico de diferentes públicos — desde motoristas no trânsito até comunidades indígenas —, o Observatório fortalece a conscientização sobre a importância de informações confiáveis para a qualidade de vida da população.