Universidade Federal do Norte do Tocantins

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Diversidade cultural

Ritual ancestral une UFNT e povo Akwe Xerente em cerimônia de nomeação clânica

publicado: 08/05/2025 17h28,
última modificação: 09/05/2025 11h41

Araguaína (TO) – A Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) foi palco de um momento marcante nesta quinta-feira (08): o Ritual de Nomeação Clânica do povo Akwe Xerente, que integrou o reitor da UFNT, professor Airton Sieben, e o procurador Federal em exercício na universidade, Danniel Pedro Lima de Araújo da Conceição, a famílias tradicionais da etnia. O evento, realizado no Espaço de Convivência do Cimba, marcou um passo significativo na valorização da cultura indígena e no diálogo entre saberes acadêmicos e tradicionais.

Conduzido pelos Akwe xerente, o ritual seguiu os costumes ancestrais do povo, conduzido pelo Ancião Alexandre krewamzu xerente, simbolizando não apenas um reconhecimento pessoal, mas também uma aliança institucional, conforme explicou Nelson wakrawi xerente. O reitor foi batizado na família Wahirê, enquanto o procurador passou a fazer parte da família Kbazi.

Na ocasião, o reitor destacou a importância do gesto. “É uma honra imensa ser acolhido como parte da família Wahirê. Este ritual transcende a simbologia – é um compromisso da UFNT com a valorização dos povos originários e seus saberes. Queremos que a universidade seja um espaço de diálogo verdadeiro, onde a ciência e a tradição caminhem juntas.”

Para o procurador, a nomeação clânica reforça o papel da universidade como promotora da inclusão e do respeito às tradições indígenas.

Além da cerimônia, os participantes puderam experimentar a culinária tradicional Akwe Xerente, com pratos como peixe moqueado, farinha, batata-doce e abóbora, preparados pela comunidade. O evento reforçou a importância da preservação cultural e da troca de conhecimentos.

Texto: Daianni Parreira

Foto: Fabricio Neto e Gabriel