
Entre os dias 8 e 9 de outubro, a região do Bico do Papagaio, no município de Esperantina (TO), recebeu a primeira Expedição Científica ao Bico do Papagaio: biodiversidade, ecótono e mudanças climáticas no norte do Tocantins. A iniciativa foi liderada pelo Instituto de Inovação e Internacionalização (Inova-In/UFNT) e contou com a participação de uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) e da Universidade Estatal de Tyumen, da Rússia.
O grupo teve o apoio fundamental de órgãos públicos federais, como o Serviço de Patrimônio da União (SPU), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
O vice-reitor da UFNT, professor Nataniel Araújo, celebrou os resultados alcançados. “A Expedição foi um sucesso pleno, sendo a primeira de muitas. Iniciamos um projeto que vai gerar conhecimento científico relevante e fortalecer nossa presença na região”, afirmou.
Para o superintendente da SPU, Edy César, a ação representa um marco para a ciência brasileira. “A SPU e o Governo Federal se orgulham em apoiar iniciativas como essa, que colocam o Tocantins no centro das discussões sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável”, destacou.
O professor Freud Romão, um dos coordenadores da atividade, ressaltou a importância dos resultados. “Catalogamos dezenas de espécies da fauna e flora local e fortalecemos uma rede de colaboração entre instituições nacionais e internacionais em prol da ciência e da vida.”
Saiba mais sobre a expedição
Localizada na confluência dos rios Tocantins e Araguaia, a área é considerada um ecótono — zona de transição entre o Cerrado e a Amazônia —, o que a torna estratégica para pesquisas sobre biodiversidade, mudanças climáticas e impactos socioambientais.
Entre os principais objetivos da expedição estavam o levantamento do local destinado à futura Estação de Monitoramento de Mudanças Climáticas do Bico do Papagaio, a obtenção de dados para georreferenciamento e imagens aéreas, além do mapeamento preliminar da fauna, flora e comunidades locais.
A expedição também abre caminho para novas parcerias e convida pesquisadores, estudantes e instituições interessadas a integrar futuras etapas do projeto, consolidando o norte do Tocantins como um território de pesquisa e inovação ambiental.

