
Tocantinópolis (TO) – Na última sexta-feira, (15), a Divisão de Assistência Estudantil do Centro de Ensino em Humanidades e Sociais (CEHS) da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) promoveu a mesa redonda “A Universidade que promove a vida”, com o objetivo de discutir a saúde mental a partir da promoção de uma vida digna como compromisso institucional e político.
O evento buscou ampliar o debate promovido tradicionalmente durante o Setembro Amarelo, trazendo uma abordagem propositiva: mais do que combater o suicídio, é preciso garantir condições materiais para uma vida com sentido, através de políticas públicas de cuidado, escuta e dignidade.
Na ocasião, diversos especialistas e representantes de movimentos sociais contribuíram para o diálogo. O representante da assistência estudantil e mediador do encontro, Jocimar Júnior, destacou que a expressiva participação “demonstra o compromisso da comunidade acadêmica com uma postura ativa diante do sofrimento psíquico, para além das rotinas administrativas”.

Entre os participantes da mesa, o psicólogo Antônio Hugo trouxe a perspectiva humanizada e despatologizante do sofrimento mental, enquanto o professor Edy César abordou o papel do Estado e o impacto das políticas públicas — como o SUS e o Bolsa Família — na promoção da vida. Já a professora Carliene provocou o público com a pergunta “Quem cuida de quem cuida?”, evidenciando como o trabalho do cuidado recai desproporcionalmente sobre as mulheres, especialmente dentro do contexto universitário.
Kallyel Henrik, diretor de políticas educacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), também participou da mesa e defendeu que discutir saúde mental é, antes de tudo, discutir condições dignas de estudo, permanência e vivência no espaço universitário.
Durante a abertura, o diretor do CEHS, Marco Aurélio, reforçou o compromisso da unidade acadêmica com o cuidado e a transformação social, convocando os estudantes a serem protagonistas na construção de políticas públicas que promovam a vida.
O evento contou com o apoio da Direção do Centro, da União Nacional dos Estudantes, do Programa de Apoio à Parentalidade da UFNT e da Superintendência de Patrimônio da União no Tocantins.