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Mulheres indígenas discutem acesso e permanência na UFNT

Encontro em Tocantinópolis reuniu cerca de 60 participantes de diferentes povos para fortalecer redes de apoio, valorizar saberes e levantar demandas para a inclusão de mulheres indígenas na universidade.

publicado: 02/09/2025 15h23,
última modificação: 07/09/2025 22h17

Tocantinópolis (TO) – O Centro de Educação, Humanidades e Saúde (CEHS) da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), sediou, no dia 22 de agosto, o encontro “Mulheres Indígenas na UFNT: construindo conexões e redes de apoio”. A atividade foi promovida pela Comissão Permanente de Políticas para as Mulheres da UFNT, composta por servidoras, docentes e estudantes, que atua em três eixos: valorização das mulheres na instituição, prevenção e combate à violência de gênero e fortalecimento de redes de apoio à maternidade.

A iniciativa surgiu da necessidade de promover diálogos e construir estratégias para o acesso, a permanência e a progressão de mulheres indígenas na universidade. Até 2025, não há servidoras administrativas ou docentes indígenas na instituição, e observa-se um número maior de estudantes homens em relação às mulheres nos cursos de graduação e pós-graduação.

O encontro reuniu cerca de 60 pessoas entre estudantes, docentes, técnicos e comunidade externa, incluindo representantes de cinco povos indígenas do Tocantins e Maranhão: Apinajé, Xerente, Guajajara, Gavião e Krikati.

A programação contou com atividades culturais indígenas, exposição de literatura, roda de conversa com a professora Edite Smikidi (povo Xerente) e a estudante Janaína Apinajé, além da apresentação de pesquisas e de um fórum para levantar ações de apoio às estudantes indígenas. Entre as demandas destacadas estão: apoio à maternidade, moradia estudantil familiar, vínculos com as comunidades de origem, acolhimento culturalmente sensível, combate à violência étnico-racial, formação em Língua Portuguesa, tradutores indígenas, acesso à pós-graduação, presença de docentes indígenas e apoio financeiro.

Essas propostas serão encaminhadas pela Comissão Permanente de Políticas para as Mulheres da UFNT, em conjunto com a comunidade indígena, à gestão superior da universidade.

O evento teve apoio do Programa de Apoio à Parentalidade na Universidade (PAPU), da Fundação de Amparo à Pesquisa no Tocantins (FAPT), por meio do Edital Rosas da Ciência, e do PIBID Educação em Direitos Humanos do CEHS/UFNT.