Universidade Federal do Norte do Tocantins

UFNT

Reitores das universidades federais da Amazônia se reúnem em Boa Vista (RR)

publicado: 04/05/2023 09h15,
última modificação: 09/05/2023 22h27

O evento contou com realização de palestras e discussões, finalizando com a elaboração da CARTA DE RORAIMA

Nos dias 26 e 27 de abril, os reitores das Universidades Federais da Região Amazônica se reuniram em Boa Vista-RR, sob a temática central: “Desafios, fragilidades e perspectivas para a Amazônia: o papel e as contribuições das universidades federais”.

O evento contou com realização de palestras e discussões com tópicos como educação, saúde, pós-graduação, desenvolvimento e orçamento das universidades amazônicas, e foi organizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), contando com a participação das onze universidades da região amazônica. O encontro foi realizado no Campus Paricarana, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), e contou com a presença da presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Mercedes Maria da Cunha Bustamante.

Os debates contaram, ainda, com representantes de outros órgãos da administração pública federal: Helvécio Miranda Magalhães Júnior e Nilton Pereira Júnior, do Ministério da Saúde, que falaram sobre a perspectiva da saúde na Amazônia. Ao final do evento, os reitores elaboraram a Carta de Roraima, documento que norteará as demandas das instituições da região amazônica junto ao governo federal. Sendo assim, os participantes do fórum encaminham as seguintes propostas:

● Recompor o orçamento das universidades da Amazônia, com custo diferenciado por estudante, tendo em vista as características, as condições e as distâncias da região;

● Garantir a criação de funções comissionadas e de cargos de direção, visando ao suprimento de necessidades atuais e de expansão das universidades da Amazônia;

● Ampliar os recursos de pesquisa e extensão, considerando a importância da região na política nacional e internacional;

● Recuperar os investimentos do PNAES, para a garantia da permanência dos estudantes de baixa renda nas universidades;

● Redimensionar o número de bolsas de pós-graduação;

● Atender às leis de criação para o quadro de vagas de servidores, para as universidades novíssimas e supernovas, além das vagas já pactuadas;

● Estimular a atração e a fixação de servidores docentes e técnicos administrativos na região Amazônica;

● Fortalecer as políticas de ações afirmativas na Amazônia;

● Garantir a fixação do percentual de investimento de, no mínimo, 10% para as universidades da região Amazônica em todos os editais das agências de fomento;

● Desenvolver ações efetivas para implantação e consolidação de Programas de Pós-Graduação na Amazônia, em especial, nas regiões em que há IFES com menor densidade de PPGs;

● Criar editais que priorizem associação de universidades amazônicas com outras universidades do Brasil ou da própria Amazônia;

● Lançar edital de internacionalização exclusivo para a Amazônia;

● Priorizar investimentos para integração da região com redes de conexão de internet de alta velocidade;

● Promover ações efetivas visando ao financiamento de projetos de pesquisas das universidades da Amazônia com fundos constitucionais e instituições internacionais;

● Garantir investimentos para a manutenção das ações dos serviços de saúde, democratizando o acesso por meio da saúde digital.

O reitor da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), Airton Sieben, pontua que “os principais pontos debatidos no evento, que passaram a compor a Carta de Roraima, são extremamente importantes, pois evidenciam a necessidade de um olhar diferenciado para a matriz de distribuição orçamentária e para a revisão dos critérios de permanência dos estudantes no Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAJ)”.

Materia escrita por: Adriele Pereira 

Revisada por: Alinne Dantas