O e-book “O mundo das embaixadas: organização, agentes e práticas diplomáticas (séculos XII a XVIII)”, organizado por Daniel Pimenta Oliveira de Carvalho, Marília de Azambuja R. Machel e Thiago Groh, acaba de ser lançado pela Editora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A obra, que está disponível para download gratuito, reúne pesquisas de membros do grupo de pesquisa Sigilum: estudos sobre diplomacia na Época Moderna (séculos XIV-XVIII), certificado pelo CNPq e vinculado à UFNT.
Além dos organizadores, o e-book conta com a participação de pesquisadores de diversas universidades brasileiras e ibéricas, que contribuíram com capítulos e participaram da organização do conteúdo.
Sinopse:
“O mundo das embaixadas”, coletânea organizada por Daniel Pimenta Oliveira de Carvalho, Marília de Azambuja R. Machel e Thiago Groh, reúne doze trabalhos de historiadores de diferentes universidades do Brasil e da Europa sobre os mais recentes debates da história diplomática dos séculos XII a XVIII. Centrada, sobretudo, nos centros de poder da Península Ibérica, esta obra busca atualizar os leitores sobre a complexidade dos processos históricos envolvidos nas relações entre nações, para além das tradicionais negociações e acordos diplomáticos. Os agentes e as práticas da diplomacia são os fios condutores dos textos, cujas narrativas e reflexões se interconectam, apontando novos caminhos para os estudos da diplomacia entre o Medievo Tardio e a Época Moderna. Os capítulos deste volume apresentam ricos inventários dos perfis, formas de atuação e de organização da diplomacia castelhana e portuguesa medieval, reflexões sobre o papel exercido pelas mulheres na figura de rainhas e infantas ibéricas entre os séculos XII e XVIII, ou ainda sobre as consequências da formação e da experiência diplomática para as transformações do pensamento e da literatura política moderna, a partir do exemplo de personagens como Juan Bautista de Tassis e Antonio de Sousa de Macedo. Além disso, e não menos importante, a história da monarquia portuguesa, especialmente, é revisitada em conjunturas e contextos decisivos, evidenciando-se por exemplo o lugar ocupado pelas relações com a Santa Sé entre os séculos XVI e XVIII, a pluralidade de tensões e desafios enfrentados durante a guerra da Restauração, em meio ao cenário de crise europeia de meados do Seiscentos, ou ainda a rede complexa de interesses e alianças desenvolvida no Magreb atlântico no alvorecer da Época Moderna.