Universidade Federal do Norte do Tocantins

UFNT

Projeto promove representatividade e protagonismo indígena nas escolas de Tocantinópolis-TO

publicado: 21/11/2024 11h45,
última modificação: 21/11/2024 11h49

Por Eveliny Jácome

A disciplina Educação Escolar Indígena, do Curso de Pedagogia do Centro de Educação, Humanidades e Saúde (CEHS) da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), coordenada pelo professor Nonato Câncio, realizou em 2024 o projeto “Representatividade e Protagonismo Indígena no Brasil: Para um Novo Diálogo com os Povos Indígenas nas Escolas de Tocantinópolis-TO”. A iniciativa envolveu estudantes de Pedagogia em atividades extensionistas voltadas para escolas indígenas e urbanas do município, com o objetivo de fortalecer o ensino da história e cultura indígena, conforme determina a Lei nº 11.645/2008.

O projeto ofereceu aos graduandos uma formação robusta, com foco nas histórias, lutas e desafios enfrentados pelos povos indígenas no Brasil. A iniciativa também destacou a representatividade e o protagonismo indígena em áreas como educação, literatura, meio ambiente e política. O intuito é sensibilizar os estudantes e professores das escolas participantes, proporcionando um olhar crítico sobre o ativismo indígena e combatendo a invisibilidade étnica ainda presente nos sistemas de ensino.

Durante as atividades, os alunos de Pedagogia realizaram exposições e diálogos sobre as biografias e contribuições de líderes indígenas brasileiros, como Ailton Krenak, Daniel Munduruku, Gersen Baniwa, Raoni Metuktire, Sônia Guajajara, além dos Mestres Apinajé. Essas ações ajudaram a desconstruir estigmas e representações negativas sobre os povos originários, muitas vezes reforçadas pela falta de informação e pela influência da mídia.

Neste ano, o projeto foi realizado na Escola Estadual Indígena Tekator e em escolas urbanas como a Escola Estadual Professor José Carneiro de Brito, a Escola Estadual Girassol de Tempo Integral Professora Aldenora Alves Correia, a Escola Paroquial Cristo Rei e a Escola Municipal Walfredo Campos Maia, todas em Tocantinópolis. A colaboração de gestores, coordenadores pedagógicos e professores foi essencial para o sucesso da iniciativa, que foi recebida com entusiasmo devido à sua relevância para a formação cidadã e crítica de estudantes da rede básica de ensino.

Ao promover a valorização da cultura e das lutas dos povos indígenas, o projeto busca contribuir para um novo diálogo com o povo Apinajé e fomentar uma educação mais inclusiva e representativa, alinhada aos princípios da diversidade e respeito às diferenças.

Colaboração: Allex Duarte e Prof. Nonato Câncio